Marcelo elogia atletas refugiadas e dá Portugal como país de humanismo

O Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa 2024 distinguiu Miguel Ángel Moratinos, subsecretário-geral das Nações Unidas e alto representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, e a iniciativa que permite aos refugiados competir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

 

No discurso que encerrou a cerimónia de entrega deste prémio, na Sala do Senado da Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se diretamente às duas atletas, que conquistaram medalhas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, nos quais competiram pelas equipas de refugiados.

O chefe de Estado agradeceu a Cindy Ngamba e Zakia Khudadadi "por terem sabido ganhar três vezes: primeiro como atletas, depois como refugiadas e depois como seres humanos", e disse-lhes que, mesmo estando longe dos seus povos, fazem "parte do mesmo povo que é a humanidade".

O Presidente da República frisou a mensagem de que existe "um só mundo" com "um destino comum".

Marcelo Rebelo de Sousa, que falou em português, inglês e francês, considerou que a participação de refugiados nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos contribui para "construir a paz" e para que sejam vistos como "seres humanos, não a causa de problemas, mas a consequência de problemas".

"Por tudo isto, esta é uma cerimónia que ficará na nossa memória como uma cerimónia de paz, de humanidade, de universalismo. Portugal, que é isso, um país de paz, de fraternidade, de humanismo, de universalismo, vos acolhe como irmãs e irmãos, como sempre, no passado, no presente e no futuro", afirmou.

Sobre o premiado Miguel Ángel Moratinos, descreveu-o como "um construtor de paz" e "um homem da aliança das civilizações e da aliança entre as culturas" e agradeceu-lhe "o seu papel em representação das Nações Unidas na Aliança das Civilizações".

O chefe de Estado elogiou também o Comité Olímpico Internacional e o Comité Paralímpico Internacional, distinguidos nesta cerimónia, apontando-os como "exemplos de construção da fraternidade, da humanidade e, portanto, da paz".

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